13.10.2021

Portfólio Laranja: Leo Werneck Tattoo

Se há algo de fascinante num espaço colaborativo é a multiplicidade de pessoas, projetos e áreas de interesse que o tornam um centro permanente de inspiração. E se não é habitual vermos um estúdio de tatuagem ocupar um espaço como este, o nosso coworker Leo Werneck Tatto veio demonstrar que aqui se enquadra na perfeição!

 

O Leonardo Werneck, ou Leo como melhor o conhecemos, chegou a Torres Vedras com a perspetiva de exercer a sua área profissional: o design gráfico mas foi através da tatuagem que acabou por expressar a sua arte, somando criatividade à casa laranja. 🔥 Dono de um olhar artístico apurado, gosta de preparar bem os seus trabalhos antes de os imprimir na pele. E é a partir de um estúdio privado e personalizado à medida que o faz: idealiza, prepara e concebe cada um dos seus projetos.

 

Para os dias em que precisa de trabalhar “fora de horas” (e são muitos) recorre ao acesso 24h fazendo desta a sua segunda casa.

 

Aprecies muito ou pouco esta forma de arte, garantimos-te que uma visita à página de Instagram do Leo vale por si só! Ora 👉 espreita aqui.

 

 

 

Descobriste a tatuagem ou foi a tatuagem que te descobriu a ti?

 

A minha ligação com a tatuagem vem desde muito cedo, sempre tive um encanto em ver esses “desenhos” na pele… Sempre busquei uma forma de me envolver nesse meio, até fazer minha primeira tatuagem aos 17 anos e então a minha relação com os tatuadores que fui conhecendo ao longo do tempo não teve fim. Apesar de ter seguido outra área profissional de início, acredito que isso sempre veio comigo até que entro para esse mundo como profissional no final de 2018.

 

Que pessoas, projetos ou ideais influenciaram o teu caminho?

 

Falar de uma pessoa ou outra, agora, pode ser injusto. Tive muitas que me influenciaram a entrar para a tattoo, umas com gesto e palavras de apoio, outras pela minha admiração por elas como artistas e como pessoas. Mas acredito que, mesmo positivo ou negativo, tudo sempre me dá força para seguir em frente… buscando ser melhor a cada dia!

 

O teu sotaque não engana… o que te levou a mudar do Brasil para Portugal?

 

A vinda para Portugal foi em busca de novas oportunidade, novos conhecimentos… Na verdade não gosto de estar parado, tenho essa necessidade de estar sempre a mudar, conhecer mais.

 

Começaste pelo design gráfico. Entre o design gráfico e a tatuagem, a tua polivalência facilita-te na hora de criar?

 

Com certeza isso me ajuda na hora das criações, composição de elementos, entre outras… percepções que fui desenvolvendo ao logo de experiências na área do design gráfico.

 

     

 

Que valores priveligias na relação com os teus clientes?

 

A boa relação, o ambiente calmo e a exclusividade no tempo para tatuarmos… já saíram daqui boas amizades.

 

Há uma linha artística, algum padrão que identifique os teus trabalhos?

 

Estou aberto a muitos estilos dentro das minhas habilidades técnicas, mas estou mais dentro do estilo blackwork e agora ainda mais focado no estilo tradicional (old school). É algo que na minha concepção transmite muito sentimento, com a simplicidade e expressões ali empregadas.

 

E há algum trabalho que te tenha marcado mais?

 

Cada trabalho tem uma historia particular e sentimentos envolvidos, alguns representam dores passadas, saudades… já outros, historias de motivação, superação. Com toda essa diversidade eu acabo absorvendo um pouco de cada e posso dizer que na maior parte das vezes fico “marcado”com essas histórias. Agora me veio à cabeça um trabalho que me pegou de surpresa e foi muito interessante: um viajante que vinha caminhando de França já há seis meses sem usar qualquer tipo de transporte e me encontrou pelo caminho. Quis tatuar um símbolo criado por ele mesmo após enfrentar dias difíceis de um inverno rigoroso que o levou a Santiago de Compostela, onde se deparou com um dia de sol depois de toda aquela dificuldade vivida no caminho. O símbolo [na imagem] representava superação de vida. Foram algumas horas de boas histórias sobre essa experiência.

 

 

Quais as principais lições que tiras do teu percursos enquanto freelancer e empreendedor?

 

Simplesmente não parar, ter disciplina… as coisas estarão sempre a mudar!

 

Por fim, porquê o Cowork Torres Vedras?

 

Desde que cheguei em Torres Vedras buscava um espaço para poder exercer minhas funções de Designer Gráfico. Descobri o Cowork Torres Vedras nas redes sociais e fiquei encantado com o espaço, com os eventos e acreditava que poderia ser um bom começo. Não tinha vaga disponível, fiquei em torno de um ano à espera e quando me chamaram já aqui iniciei com as tatuagens. É realmente um lugar muito agradável de se conviver. Já é minha segunda casa!

 

 

Fotografias cedidas pelo Leonardo Werneck.

Partilha este artigo

Mais para ti